Dia das Mães, celebrado em muitos países no segundo domingo de maio, tem uma história intrigante por trás de sua criação. 

A data tão especial foi criada por Anna Jarvis, uma ativista que iniciou uma campanha para honrar todas as mães e seu papel na sociedade. No entanto, o feriado acabou se tornando o oposto do planejado originalmente, transformando-se em um fenômeno comercial que a deixou profundamente desiludida.

A origem altruísta do Dia das Mães.

Anna Jarvis nasceu em 1864, em Webster (Virgínia), nos Estados Unidos. Ela era filha de Ann Reeves Jarvis, uma ativista comunitária dedicada ao trabalho social e ao cuidado de crianças, por isso, Anna cresceu em um ambiente influenciado pela dedicação de sua mãe à comunidade.

Após a morte da mãe, em 1905, Anna ficou determinada a honrar o legado deixado por ela. Ela começou uma campanha para criar um dia nacional dedicado às mães, inspirada pela dedicação e amor incondicional que Ann Reeves demonstrou ao longo da vida.

Anna organizou as primeiras celebrações do Dia das Mães no ano de 1908, em Grafton (Virgínia) e na Filadélfia (Pensilvânia). Sua escolha do segundo domingo de maio para o feriado foi uma homenagem ao aniversário da morte de sua mãe.

A vida de Anna Jarvis foi marcada por um forte senso de propósito e dedicação à sua causa. Ela não tinha filhos próprios, mas sua determinação em honrar todas as mães se tornou uma missão pessoal.

O conflito com a comercialização

Conforme o Dia das Mães cresceu em popularidade, Anna se viu em conflito com a crescente comercialização da data. O feriado rapidamente se tornou um sucesso comercial, com floristas, lojas e fabricantes de cartões aproveitando a data para aumentar as vendas. Ela lamentou profundamente ver o feriado se transformar em um evento comercial, distante de sua visão original de um momento íntimo e pessoal de gratidão e reflexão. 

Anna ficou cada vez mais frustrada como o feriado se desviou de sua visão original. Ela denunciou publicamente os floristas e as empresas que lucravam com a data, e até mesmo processou aqueles que usavam a expressão “Dia das Mães” sem sua permissão.

Ela se opôs tão veementemente à exploração comercial do feriado que até mesmo tentou rescindir sua criação, marcando sua vida pela luta contra a comercialização desenfreada da data que ela mesma criou. Embora o Dia das Mães seja hoje celebrado de várias maneiras, desde jantares especiais até presentes elaborados, vale a pena lembrar as origens humildes desse feriado e a paixão de sua fundadora por um reconhecimento simples e sincero do papel das mães na sociedade.

By Nocast