A potiguar Thalita Simplício venceu novamente sua disputa contra a chinesa Cuiqing Liu na prova dos 400m da classe T11 (deficiência visual) e conquistou o tricampeonato mundial, em Kobe, no Japão, onde acontece o Campeonato Mundial de atletismo até o próximo dia 25. O atleta guia da corredora é Felipe Veloso, que conseguiu conduzir a campeã, apesar da queda na linha de chegada.

O Brasil continua na briga pela liderança do quadro geral de medalhas da competição. No domingo, quando Thalita conquistou a medalha, o país terminou o dia no Japão somando 14 pódios, sendo oito ouros, quatro pratas e dois bronzes, na segunda colocação. A líder China tem dois ouros a mais do que os brasileiros, além de oito pratas e oito bronzes.

Thalita, que teve um glaucoma congênito, trava boas disputas com a chinesa, que é a atual recordista mundial da prova, desde os Jogos de Tóquio 2020, quando a potiguar acabou sendo desclassificada ao cruzar a linha de chegada. Em Kobe, a velocista de Natal superou a pista molhada por causa da chuva na cidade japonesa e finalizou a distância em primeiro lugar, com 57s45, seu melhor tempo na temporada mesmo sofrendo uma queda ao cruzar a linha de chegada.

“Na chegada, travei muito no final. Ainda bem que caí depois da linha de chegada. Doeu muito esses 400m. Sabíamos que as adversárias queriam me superar. Mas conseguimos fazer uma boa prova no geral”, avaliou Thalita.

Foi seu terceiro título mundial após as vitórias em Paris 2023 e Dubai 2019 e chegou ao seu sétimo pódio em Mundiais no total, sendo três ouros, uma prata e três bronzes.

“Passou um filme na cabeça, estava chovendo aqui no Japão, igual ao cenário que competimos nos Jogos de Tóquio. No começo da prova, estava toda hora tentando esconder a guia para não molhar, pois foi isso que nos prejudicou na prova daquela vez, quando a guia escorregou da nossa mão”, recordou.

Fonte: Tribuna do Norte

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