O cientista político e CEO da Arko Advice, Murillo de Aragão, comentou a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de abrir um inquérito para investigar o vazamento de mensagens trocadas entre assessores de seu gabinete e ex-auxiliares que trabalharam com ele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo avaliou William Waack, âncora do programa WW, essa nova investigação se soma ao existente inquérito das fake news, que já dura cerca de 2.000 dias sem aparente previsão de conclusão.

Waack ressalta que o novo inquérito não visa investigar a “Folha de S. Paulo”, que revelou as mensagens, mas sim como material sob custódia de um agente público, especificamente de um telefone celular de um ex-assessor de Moraes, veio a público.

Tensão entre Poderes

Aragão destaca que a situação cria um tumulto político no relacionamento entre os Poderes Legislativo e Judiciário, em um momento já complicado para o país.

Ele afirma: “É um tema estranho, que prossiga tanto ainda, por tanto tempo, e agora com esse ingrediente explosivo, que é a investigação do ex-assessor que trabalhou com o ministro Alexandre de Moraes”.

O cientista político alerta para a necessidade de cuidado e atenção com o tema, pois pode afetar não apenas a imagem do ministro Alexandre de Moraes, mas também a do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do próprio Supremo Tribunal Federal.

A polêmica surge em um contexto de debates sobre emendas parlamentares e o que alguns consideram um desequilíbrio institucional, adicionando mais um elemento de tensão às já complexas relações entre os Poderes da República.

CNN Brasil

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