O final de semana que mudou o jogo no Oriente Médio. Em pelo menos dois ataques diferentes no Líbano, Israel matou importantes líderes do Hezbollah e abalou a organização do grupo terrorista.
A baixa mais relevante foi a de Hassan Nasrallah, que era o líder supremo da facção e comandava o grupo desde a década de 1990 — sendo o responsável pelo crescimento das tensões com Israel.
Por que importa: Na atual conjuntura da região, a morte de Nasrallah tem um impacto maior do que a de Bin Laden ou Saddam Hussein, já que ele era o principal articulador político e militar do Irã.
Não à toa, o líder supremo iraniano prometeu vingança e declarou luto oficial. Além de financiar grupos terroristas como o próprio Hezbollah e o Hamas, o Irã tem, de longe, o maior poder bélico do Oriente Médio.
No dia seguinte ao bombardeio que matou Nasrallah, Israel eliminou outro líder estratégico e pelo menos outros nove chefes do Hezbollah. Com isso, o grupo terrorista libanês está enfraquecido militar e politicamente.
O que acontece agora? Mesmo quase sem liderança, o Hezbollah continua disparando foguetes contra Israel e diz que não vai parar de atacar.
Enquanto isso, as forças israelenses continuam bombardeando o Líbano e fizeram ataques contra alvos militares dos houthis no Iêmen. Já os EUA autorizaram o exército a reforçar presença no Oriente Médio.
Com o envolvimento do Hezbollah, do Irã e o aumento dos ataques contra territórios libaneses, as chances de uma chamada “guerra total” no Oriente Médio aumentaram — o que tem sido motivo de receio entre as grandes potências mundiais