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Orçamento à brasileira.

Quando falamos sobre o poder que os deputados e senadores têm sobre o uso do dinheiro público, o Brasil está — muito — fora da curva na comparação com os países desenvolvidos.

Por aqui, graças às famosas emendas parlamentares, o Congresso Nacional controla quase 1/4 do orçamento federal. Ou seja, a cada R$ 4 investidos pelo governo, R$ 1 vai para os parlamentares.

Já entre os 11 países da OCDE — o “clube dos desenvolvidos” — que foram analisados, o que mais tem dinheiro nas mãos dos congressistas é a Alemanha, mas essa fatia não passa de 9%.

É coisa nossa: Enquanto nos países desenvolvidos o papel dos parlamentares é discutir e fiscalizar o orçamento — sem interferir na execução dos gastos —, no Brasil o Congresso decide para onde o dinheiro vai.

Se você contar para um estrangeiro que, por aqui, cada deputado e senador tem um valor reservado em emendas e o governo é obrigado a pagar isso, ele provavelmente vai achar algo bem estranho.

Os dois lados da história: Ao mesmo tempo em que as emendas parlamentares levam recursos a várias regiões do país, elas também geram problemas de fiscalização e transparência.

De bilhão em bilhão: De 2021 até hoje, o Congresso brasileiro teve direito a R$ 131 bilhões em emendas — um aumento de quase 90% na comparação com os quatro anos anteriores.

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