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“Bye-bye, Brazil!” Do começo do ano até outubro, o Brasil viu a maior saída de dólares por via financeira desde que essa estatística começou a ser medida em 1982.

O saldo negativo foi de US$ 56,21 bilhões — mais do que o déficit registrado no auge da pandemia, quando o mundo passava por uma das maiores crises econômicas recentes.

O que isso significa? Os estrangeiros não estão confiando no nosso país para deixarem dinheiro, tirando os dólares que foram colocados aqui como investimentos em empresas ou compra de títulos públicos e ações.
Como a saída de dólares no final do ano é algo comum — principalmente o envio de lucro para as matrizes estrangeiras —, o Brasil deve fechar 2024 com o maior volume de dólares saindo pela via financeira na história.

A relevância: No fim da linha, menos dólares por aqui pode fazer com que a moeda suba ainda mais, deixando produtos importados mais caros, diminuindo investimentos e forçando o país a adotar medidas de estabilização.

Um dos pontos que contribuiu para esse resultado foi o governo ter mudado com frequência as previsões de despesas e receitas — por exemplo, adiar o corte de gastos e a previsão de fechar as contas no azul.

Luz no fim do túnel? Já na via comercial — importação e exportação — o cenário é outro. Só em outubro, a balança comercial de bens do nosso país com o exterior teve um superávit de US$ 3,4 bilhões.

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