Venezuela sob estado de repressão. Um relatório de mais de 160 páginas feito por uma missão independente da ONU confirmou que Nicolás Maduro foi o responsável por uma série de crimes contra a humanidade na Venezuela.
Entre as violações apontadas antes, durante e depois das eleições estão prisões arbitrárias, tortura de detidos pela polícia, desaparecimentos forçados de curto prazo e até violência sexual.
O ponto de partida: A investigação foi convocada depois da votação de julho, que foi repleta de polêmicas e deu a Maduro mais 6 anos no poder.
O resultado foi contestado internacionalmente. Até hoje, o governo não divulgou as atas das eleições. Em vez disso, prendeu mais de 2 mil pessoas e aumentou o número de refugiados — inclusive com destino ao Brasil.
Embora a ONU acuse o regime chavista de violações de direitos humanos desde 2019, o novo relatório mostra que a repressão passou a atingir pessoas comuns — e não somente quem é da política.
Crimes graves e pelo menos 25 mortos. Nos últimos meses, crianças e adolescentes foram detidos em cidades que não tinham protestos. O modus operandi da polícia era prender, torturar e forçar uma “confissão” de terrorismo.
Na prática, o documento da ONU dá mais respaldo para que países continuem sem reconhecer Maduro como o presidente legítimo da Venezuela — contradizendo nações como Rússia, China, Cuba e Irã.
E a posição do Brasil? O governo brasileiro não reconheceu a reeleição de Maduro, mas achou que essa investigação sobre os crimes era equivocada e poderia isolar ainda mais a Venezuela.