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Senador afirma que diálogo e bom senso são essenciais para enfrentar “apagão gerencial” no RN e apresentar projeto sólido ao eleitor.

O senador Rogério Marinho, presidente do PL no Rio Grande do Norte e pré-candidato ao Governo do Estado em 2026, defendeu a formação de uma chapa com o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos), o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), e o senador Styvenson Valentim (Podemos). Segundo ele, a oposição à gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) deve se unir em torno de uma chapa forte para as eleições de 2026.

“O candidato da oposição ao governo será Rogério, Álvaro ou Allyson. Com Styvenson buscando a reeleição ao Senado, nós temos que manter o bom senso e trabalhar pela unidade do grupo”, afirmou nesta quinta-feira 16, em entrevista à 98 FM. Ele ressaltou que a decisão será tomada com diálogo e bom senso. “Nós precisamos estar juntos. A nossa divisão favorece o adversário”.

Rogério frisou que é preciso construir um projeto sólido que dialogue com as necessidades do Estado. “A decisão precisa sempre levar em consideração a questão de um projeto para o Rio Grande do Norte. Não adianta fazer a crítica pela crítica. É necessário estabelecer uma conexão com o eleitor. Ninguém pode ser candidato de si próprio”, afirmou.

O senador elogiou a liderança de Álvaro Dias e sua relevância no cenário político estadual. “Álvaro é um personagem político importante, que tem pretensões majoritárias. Ele terminou o período como prefeito com grande reconhecimento e se reelegeu no primeiro turno. É evidente que ele é um nome legítimo para uma candidatura majoritária”, disse.

E destacou a aliança com Allyson e Styvenson. “Nós temos alternativas. Essa é uma situação muito melhor do que em 2022, quando enfrentamos dificuldades para apresentar um candidato de oposição. Hoje, temos nomes que representam bem nosso grupo político”, ressaltou.

Rogério também reforçou a necessidade de diálogo interno no grupo. “Eu sou pré-candidato. O nosso partido, o PL, precisa ter um projeto para o Estado e para o governo. Vamos percorrer o Rio Grande do Norte a partir de março para ouvir as demandas e apresentar soluções”, falou. Perguntado sobre se há “espaço” para todos na chapa para 2026, ele respondeu que é preciso ter “bom senso” para compatibilizar os interesses.

Ainda no ano passado, Rogério anunciou que a partir de março iniciará uma programação de visitas aos municípios potiguares, um circuito de visitas a cidades potiguares para discutir as eleições de 2026. “De março a agosto, a gente vai percorrer o Estado levantando esses problemas e tentando apresentar soluções. Vamos construir essas expectativas e fortalecer a conexão com a sociedade”, disse.

Para senador, RN enfrenta “apagão gerencial” e precisa de reformas

Rogério Marinho criticou a gestão do governo estadual, afirmando que o RN está passando por um “apagão gerencial”. Ele comparou a situação do Estado com a de outros vizinhos, como a Paraíba e o Ceará, e apontou para um retrocesso em diversas áreas.

“O Rio Grande do Norte está passando por um problema muito sério. Eu diria do ponto de vista gerencial. Porque se você comparar com o estado da Paraíba, eu não vou comparar com o Ceará, que tem mais ou menos o mesmo tamanho do Rio Grande do Norte, a mesma condição econômica. Nós ficamos para trás”, disse.

O senador afirmou que “a questão não é ideológica. Eu não vou dizer que é esquerda ou direita, é questão gerencial, de gestão. Então, nós estamos aqui com um apagão gerencial. Então, não é possível mais RN ter a situação que ele tem. Quer dizer, com toda a infraestrutura, tanto na área de estradas, de hospitais, de escolas, de segurança, basicamente destroçada”.

Rogério Marinho disse que, para resolver a situação do RN, é preciso medidas duras e impopulares. “Quem assumir o governo precisará de coragem para tomar medidas duras e impopulares, pois a situação é grave. É como começar um jogo com um placar negativo, precisando de um esforço intenso para reverter o quadro. O próximo governador terá de enfrentar muitos desafios e não pode esperar por soluções fáceis” afirmou.

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